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domingo, 31 de janeiro de 2016

Introdução

Este símbolo reflete o firme propósito na constituição de uma universidade capaz de promover a interlocução entre as diversas áreas de conhecimento, mas sem jamais deixar de ter os pés firmemente plantados no chão, ou seja, nas disciplinas básicas; uma universidade ao mesmo tempo eficaz na relação com a sociedade – respondendo as suas demandas, mas também sendo propositiva no desenvolvimento desta – como também forte na produção de conhecimento puro, de cunho acadêmico. Adicionalmente, o símbolo sugere um portal aberto para o futuro, disposição essa própria de uma instituição contemporânea e partícipe da construção do porvir.

Os saberes dos técnicos devem ser considerados a partir de sua experiência acumulada em anos de dedicação à Instituição, bem como o conhecimento produzido por nós, professores, em nossas áreas específicas e os sentimentos e anseios dos alunos. Considerando nossas especialidades, ou saberes específicos, vamos trabalhar em estratégias e soluções específicas a serem implementadas de acordo com as demandas para curto, médio e longo prazo. Assim, essa proposta foi organizada segundo as fragilidades, os gargalos e potencialidades da UFMT. Não se trata de promessas, mas o que é necessário ser feito.

Reconstituição do Estatuto e Regimento Interno da UFMT

A identidade de uma Universidade se fundamenta em sua legislação interna. O estatuto da UFMT, bem como o seu regimento geral, há muito que não são revisados. A construção de uma IES propositiva, vanguardista, dinâmica e pronta para o futuro que se descortina passa pela constituição de uma legislação interna leve, desburocratizada, com baixa entropia, que dignifique os conselhos superiores e coordenações de curso e, principalmente, que reafirme a UFMT como uma universidade pública, autônoma e proativa.

Nossa proposta nesse ínterim é: 1. Instituir uma assembleia permanente, via comunicação eletrônica, para coleta de sugestões. 2. Sistematização de todas as resoluções dos órgãos colegiados superiores, com o auxílio de softwares especializados, para uma organização mais enxuta e eficiente. 3. Mesma sistematização das sugestões da assembleia permanente. 4. Organização de novo estatuto e regimento segundo os agrupamentos hierárquicos que surgirem da sistematização das resoluções existentes e sugestões.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Primeiras metas do Movimento Universidade ProAtiva

Professor Sérgio de Paulo para Reitor


Day and Night, M.C. Escher (1938)

A Universidade Federal de Mato Grosso acabou de experimentar uma das mais longas greves da sua história. Durante os longos meses desse período, praticamente nada se viu, nada se sentiu ou se ouviu, de apoio ao movimento por parte da sociedade. Tal realidade se configurou quase que invariavelmente com relação às demais dezenas de instituições de ensino superior que participaram do movimento. O distanciamento entre as universidades públicas brasileiras e a sociedade é mais que evidente. Há como reverter isso.


Durante nossa caminhada em visita às diversas unidades e diálogos que vivenciamos com profissionais dessas unidades constatamos in loco que o nosso problema fundamental não está numa suposta falta de competência de nossos docentes e técnicos. Somos competentes. O que vimos foi, ao invés disso, o cansaço e o desânimo. O cansaço não tem natureza física; o desânimo não tem origem interna. O que vimos foram pessoas se sentindo desvalorizadas naquilo que fazem, lutando para desempenhar o seu papel profissional. Esse fato também pode ser revertido.

O primeiro passo para isso começa antes mesmo das eleições, que serão provavelmente programadas para março. É necessário que a comunidade universitária confie na sua próxima administração superior. É necessário que quem ganhe essas eleições o faça de maneira irrefutavelmente responsável.

Para isso, estabelecemos as primeiras metas de nossa caminhada para a reitoria:
  1. Comprometemo-nos a fazer uma campanha barata: Desde que nos comprometemos com o processo, houve várias manifestações no sentido de que precisaríamos contar com um milhão de reais, ou mais, para sustentar a campanha. Temos que acabar, de uma vez por todas, com essa imagem que a UFMT tem para a sociedade. Devemos provar que qualquer docente da universidade que se sinta com forças suficientes para assumir tal propósito, tem condições de fazê-lo. Esperamos contar com a disposição de toda a comunidade universitária nesse sentido.
  2. Comprometemo-nos a não definir cargos antes do pleito: Vamos assumir o risco de não estabelecer cargos em função de compromissos por votos. Os cargos devem ser definidos em função das competências daqueles que os ocuparão.
  3. Comprometemo-nos a realizar uma campanha pautada nos diversos pontos de nossa proposta: O candidato a reitor da UFMT deve apresentar propostas objetivas para o futuro da universidade, e o processo eleitoral deve estar focado nessa ação, para que a comunidade faça uma escolha consciente.
  4. Comprometemo-nos a realizar uma campanha baseada em adesão voluntária: Estamos convencidos que o próximo reitor terá muito mais força para empreender as transformações necessárias, vencer nessa condição.
Não pode pairar sombras de dúvidas na comunidade sobre a lisura do processo sucessório à administração superior da UFMT. Este é um primeiro passo para que a sociedade volte a confiar na UFMT. Um primeiro passo para mostrar para as pessoas que é possível, no Brasil, uma democracia madura com instituições fortes e independentes.

É o primeiro passo – dentre muitos outros necessários – para que, na próxima greve, não contemos apenas com dezenas de pessoas nas assembleias do Sintuf ou da Adufmat, mas duzentos milhões de pessoas do nosso lado.