Mostrando postagens com marcador diagnosticos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador diagnosticos. Mostrar todas as postagens

domingo, 31 de janeiro de 2016

Fragilidades da UFMT

Cursos regulares de graduação

Estágios

Uma das maiores fragilidades de nossos cursos de graduação são os estágios. Faz-se necessária uma maior aproximação aos conselhos regionais, órgãos governamentais e setor produtivo para fortalecer os estágios e melhor definir o perfil dos profissionais que formamos. No campo das licenciaturas, é necessário que a administração superior da UFMT assuma a responsabilidade pelas práticas de ensino, garantindo o transporte até as escolas e a segurança de licenciandos e supervisores. Para que a prática seja mais efetiva, é necessário concentrar os estágios dos cursos de licenciatura num número limitado de escolas, para que se efetive planejamento e ação coletiva. Ademais, os estágios de todos os cursos de graduação dentro dos próprios campi da UFMT devem ser uma ação a ser intensificada, tais como a supervisão de obras por parte de engenheiros e arquitetos em formação e a ação conjunta de discentes de diferentes cursos em instâncias que demandam trabalho multidisciplinar, como o zoológico.

Procura e evasão

A evasão é um fator que deve ser combatido pois prejudica a matriz orçamentária da instituição e, principalmente, empobrece o papel da universidade enquanto formadora. Em alguns cursos, ela atingiu a marca de 90%. Em adição, o sistema do ENEM fez com que a entrada perdesse parcialmente o “foco”, isto é, nem todos os ingressantes desejam de fato fazer o curso que se matricularam. A proposta nesse ínterim é: 1. Criação do Centro de Apoio ao Graduando: trata-se de uma instância constituída por professores efetivos, aposentados e outros que teria a incumbência de sanar lacunas na formação dos graduandos, especialmente no início de curso, em nível de Ensino Médio. 2. Ampliação da visibilidade dos cursos de graduação: reconstituição da semana de apresentação de cursos aberta à comunidade, como atividade não obrigatória para as coordenações, e reestruturação da homepage da UFMT expondo de forma atrativa e eficiente o perfil de cada curso, bem como possibilidades de inserção no mercado de trabalho. 3. Modificação dos critérios de contagem de vagas nos cursos, tornando-os mais realísticos, colocando os graduandos que há muito não frequentam num banco a parte.

Laboratórios de ensino

Confecção de projeto e busca de recursos para reequipar e atualizar os laboratórios de ensino de graduação.

Aulas de campo

Ampliação da capacidade de oferta de aulas de campo, com possibilidade de programação a curto prazo. Instalação de bases da UFMT em pontos, no interior do estado, mais frequentados ou de interesse estratégico.

Sistema de entrada

Rediscussão do sistema de entrada, visando a melhoria do “foco” do ingressante e diminuição da evasão. Além do ENEM, pode-se adotar outros critérios adicionais, como o PAS e a carta-convite.

Fragilidades da UFMT
Formação Continuada

A Formação Continuada é um processo decisivo para o aperfeiçoamento profissional nas diversas áreas e, desta forma, instrumento de transformação social. Nesse quesito, propomos:

Programa de interação graduado/universidade

Para fortalecer a Formação Continuada, é necessário estabelecer um canal de comunicação permanente entre egressos e universidade, via eletrônica, principalmente pela reestruturação da homepage da UFMT.

Especialização Multidisciplinar Assistida

Dentro das diretrizes de aproximação da UFMT com a sociedade e incremento do número de discentes da instituição, pretendemos promover uma maior “abertura” das disciplinas de graduação para a comunidade. Assim, qualquer cidadão que já possua graduação poderia requerer matrícula em qualquer disciplina de qualquer curso da universidade, desde que haja vaga na mesma. Mediante a indicação de um orientador, o discente, após número suficiente de disciplinas cursadas, pode requerer o título de especialista, mediante defesa de monografia.

EAD

Atualmente, a política da UFMT na área de educação a distância e semi-presencial é de caráter respondente, isto é, o governo lança editais e a universidade responde a esses editais. Propomos uma política proponente – devemos confeccionar os nossos próprios projetos, de acordo com nossa experiência e realidade local e então buscar o financiamento necessário.

Fragilidades da UFMT
Pesquisa e Pós-Graduação 

O desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação deve ser feito de forma coerente com o estabelecimento de uma política científico-educacional de longo prazo, conforme melhor descrito adiante. Assim, no campo “fragilidades” há que ser implementado:

Aumento orçamento PROPEQ, com a implantação de um programa de apoio a grupos emergentes.

Melhoria da nota dos cursos stricto sensu, objetivando elevar, ao menos, os cursos de mestrado à nota 4 e os de doutorado à nota 5, estabelecendo um programa de longo prazo para cada curso, de forma coerente com o Plano de Desenvolvimento Institucional, conforme descrito no campo “potencialidades”.

Fragilidades da UFMT
Reconstituição da capacidade técnica da UFMT

Devido à proibição de contratação de técnicos em diversos especialidades e ao processo de terceirização, as universidades brasileiras têm perdido capacidade de promover a manutenção de seus equipamentos e instalações. Isso não somente encarece o processo de manutenção, como fere a concepção de que a Universidade deve abranger todo o espectro de conhecimentos humanos, desde a ciência pura até a práxis técnica. Para lidar com esse problema, pretendemos instalar no Campus de Várzea Grande oficinas de base (oficina mecânica, elétrica, eletrônica, refrigeração, vidraria, etc.), instituindo, ali, um programa de treinamento profundo. Constituiremos, assim, uma equipe de alta competência, formada por técnicos e alunos da própria UFMT, estagiários do IFMT, e cooperativas. Tal equipe fará a manutenção em todos os campi da universidade. A constituição de cooperativas de trabalhadores especializados pode ser uma alternativa diante do processo de terceirização da mão-de-obra técnica e tem potencialidade de suprir mesmo as necessidades mais específicas, como a de técnicos de nível superior para os laboratórios de pesquisa.

Fragilidades da UFMT
Gestão
  1. Priorizar a destinação de estrutura física a instâncias que há mais tempo apresentam carências críticas, como é o caso do Curso de Matemática de Rondonópolis.
  2. Destinação de maior autonomia aos campi do interior instalando câmaras setoriais dos órgãos colegiados superiores, dinamizando os escritórios locais de compras e permitindo a escolha dos respectivos pró-reitores.
  3. Dar suporte à regularização de diretórios e centros acadêmicos, registrando-as como entidades sem fins lucrativos, visando reconstituir sua autonomia e envergadura financeira.
  4. Manter o programa de assistência estudantil, promovendo adicionalmente a sua interlocução com o programa de estágios, e os restaurantes universitários a preço simbólico.
  5. Dar apoio às atléticas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Campi do Interior: distância que não se mede em quilômetros


Entre os dias 16 e 19 de novembro, visitamos os campi de Rondonópolis e Sinop. Antes da viagem, esperávamos encontrar os mesmos problemas administrativos que amarram todas as unidades da UFMT (lentidão em compras, falta de qualidade do material de consumo, falta de agilidade em manutenção, falta de pessoal, falta de salas de aula e para professores, falta de clareza na tomada de decisões e distribuição de recursos, etc.). Ou seja, esperávamos nos deparar com um quadro de alto enosamento estrutural que nos impede de atingir um estágio de discussão de políticas de médio e longo prazo para os campi do interior. Porém, o que nos deparamos foi uma problemática multidimensional muito mais profunda: o longo tempo que a miríade de problemas pontuais persiste fez com que uma parte significativa do corpo técnico, docente e discente dos campi do interior não acredite mais na própria instituição. Esse quadro é grave e é particularmente crítico no caso do campus de Sinop.
É muito difícil descrever o problema literalmente, sendo fiel à sua intensidade. É impossível dimensionar em palavras a enorme carga emocional que vivenciamos lá. Por isso, para entender a dimensão do problema, somente indo até lá e convivendo durante algum tempo com os profissionais locais.
Há apenas uma alternativa para a minimização de tal problemática: a administração superior da UFMT deve se colocar ao lado dos profissionais dos campi do interior e minimizar, um por um, os entraves administrativos e a falta de transparência na tomada de decisões. É possível fazer isso mediante uma reengenharia da gestão administrativa, mas, mais importante que isso, a administração superior deve ir até lá, olhar nos seus olhos, ouvi-los, entender a profundidade das suas reivindicações. Essa ação é fundamental e deve ser feita urgentemente.
Vamos trabalhar no sentido de reintegrar efetivamente alunos, técnicos e docentes à UFMT, incluí-los, em primeiro lugar, para então construir as condições de confiabilidade na instituição e, finalmente, estabelecer uma política de médio e longo prazo para os campi do interior, envolvendo ações de apoio a grupos de pesquisa e ensino emergentes, norteada por uma concepção contemporânea de desenvolvimento socioeconômico, cumprindo o papel de universidade.