domingo, 31 de janeiro de 2016


Reitor:
Prof. Sérgio Roberto de Paulo
Instituto de Física


  • Doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Física Nuclear) e Pós-Doutorado na Universidade Livre de Bruxelas (Sistemas Complexos);
  • Professor Titular, lotado no Instituto de Física;
  • Coordenador de Pesquisa do ICET (de 1998 a 2000);
  • Chefe do Departamento de Física/ICET (de 2001 a 2004);
  • Coordenador do Curso de Licenciatura Plena em Física (de 2006 a 2008);
  • Diretor do Instituto de Física (de 2009 a 2012);
  • Bolsista Produtividade em Pesquisa nível 1 do CNPq;
  • Orientações concluídas: 07 Teses de Doutorado; 37 Dissertações de Mestrado;
  • Produção bibliográfica: 93 Artigos publicados em periódicos de circulação Nacional e Internacional; 05 livros e 05 capítulos de livros publicados.

Vice-Reitora:
Profa. Marta Cristina de Jesus Albuquerque Nogueira

Departamento de Arquitetura/FAET


  • Natural: Cuiabá - MT;
  • Doutorado pela Escola de Engenharia de São Carlos/USP na área de Engenharia de Estruturas;
  • Professora Titular, lotada no Departamento de Arquitetura e Urbanismo/FAET;
  • Chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo (de 2001 a 2004);
  • Diretora Regional do Instituto Brasileiro de Madeiras e Estruturas de Madeira - IBRAMEM no período de 1999-2002;
  • Diretora da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia/ FAET (de 2005 a 2009);
  • Bolsista Produtividade em Pesquisa nível 2 do CNPq
  • Coordenadora Operacional do Doutorado Interinstitucional/ DINTER em Urbanismo/ PROURB/ UFRJ entre UFRJ e UFMT – UNEMAT;
  • Coordenadora de 25 projetos de pesquisa aprovados pela FAPEMAT, CNPq, FINEP e Eletrobrás;
  • Orientações Concluídas: 09 Teses de Doutorado; 27 Dissertações de Mestrado;
  • Produção Bibliográfica: 66 Artigos publicados em periódicos de circulação Nacional e Internacional; 02 Livros publicados; 230 Trabalhos publicados e apresentados em Anais de eventos Nacionais e Internacionais;





Potencialidades

Embora as fragilidades e gargalos apontados limitem o desenvolvimento da UFMT, suas potencialidades diante do quadro global do Séc. XXI são animadoras.

Analisando as experiências adquiridas ao longo de sua história e uma projeção de áreas estratégicas para o futuro, temos a propor:

Interdisciplinaridade 

Estudando-se as características dos grupos interdisciplinares internacionais de maior êxito e as bases teóricas da Ciência dos Sistemas Complexos, o modelo de interdisciplinaridade que defendemos é aquele que valoriza as disciplinas básicas. Os grupos internacionais de maior êxito são aqueles constituídos por profissionais com sólida formação específica, mas que estão dispostos a trabalhar cooperativamente com outros com formação diferenciada. Não há interdisciplinaridade sem disciplina. Por outro lado, nossos cursos de graduação pouco se comunicam. Assim, há que se constituir disciplinas comuns – dentre as optativas, por exemplo – a cursos diferentes, num processo de Interdisciplinaridade Circular.

Integração com a sociedade

A intensificação da integração com a sociedade é um aspecto fundamental para que a UFMT se torne mais proativa no processo do desenvolvimento regional.
Esta proposta contempla esse item nos seguintes aspectos:



  1. Melhoria da qualidade dos estágios com relação ativa entre a universidade e conselhos regionais, entidades da sociedade civil e setor produtivo.
  2. Projeto estrutural dos campi da UFMT como polos de vivência e culturais, com programa de melhoria e instalação de pontos com potencial cultural e turístico, como reforma e regularização do zoológico, instalação do Museu Rondon em bloco com maior potencial arquitetônico, criação de museus de ciências nos campi, revitalização do planetário de Barra do Garças e museus já existentes nos campi.
  3. Intensificação do oferecimento de programas culturais e de extensão para a população.
  4. Reformulação da homepage da UFMT privilegiando a qualidade de informações sobre os seus cursos e programas.
Potencialidades
Programa de Desenvolvimento Institucional

Um dos principais pontos que definem uma universidade bem estruturada é o seu programa de desenvolvimento para o futuro. Nossa proposta para o Programa de Desenvolvimento Institucional da UFMT se baseia na experiência adquirida pela instituição ao longo de sua história e a identificação de áreas de atuação estratégicas para a região e para o país. Nesta proposta, são identificadas algumas áreas que se pode caracterizar como consolidadas do ponto de vista de densidade de projetos e outras áreas estratégicas. Entretanto, isso não significa que todas as áreas da universidade não podem se desenvolver concomitantemente. As áreas em destaque aqui se constituem numa estratégia de otimização de captação de recursos visando o desenvolvimento de todas as unidades da UFMT.

Uma análise dos projetos de pesquisa registrados na Propeq nos últimos 5 anos nos permitiu obter os seguintes resultados:
  1. Mais de 90% dos projetos têm cunho regional.
  2. Apenas quatro áreas emergiram do estudo com densidade de pesquisa consistente: Agronomia, Ensino/Educação, Ciências da Saúde e Medicina Veterinária.
  3. Dentro do espectro que contém, como extremos, a ciência técnica aplicada e a ciência acadêmica pura, a grande maioria dos projetos estão a meio-termo: poucas são as linhas de pesquisa se dedicando a questões de ponta na ciência e ao desenvolvimento de patentes e aplicações de curto prazo.
Diante desses resultados e de uma análise das potencialidades da região e do país para as próximas décadas, pode-se estabelecer algumas diretrizes para o PDI da UFMT:

Áreas consolidadas

Agronomia

Numa perspectiva de médio e longo prazo, a linha de pesquisa que tem maior potencial de captação de recursos nessa área é aquela que se refere ao desenvolvimento de sementes de diversas espécies adaptadas às condições da região, numa perspectiva de mudanças climáticas, sem uso de agrotóxicos e com polinização natural, aliado a projetos de arborização e captura de carbono nas fazendas.

Essa afirmação se baseia nos seguintes fatos:
  1. Estudos recentes indicam que sementes transgênicas somente são vantajosas comercialmente num curto intervalo de tempo.
  2. Sementes transgênicas como a roundup exigem defensivos e fertilizantes importados, o que traz desvantagens comerciais levando-se em conta o câmbio.
  3. Médicos de Cuiabá estão desaconselhando o consumo de soja mato-grossense devido ao alto teor de agrotóxicos.
  4. A baixa diversidade de culturas cultivadas e de compradores (a Europa não importa mais produtos transgênicos) torna a economia mato-grossense mais instável.
  5. A produtividade média de grãos de Mato Grosso é de 3500 kg por hectare, enquanto que a da Holanda é de 8500 kg/ha.
  6. Resultados de pesquisa da área de micrometeorologia e fisiologia vegetal apresentam indícios de que a captura de carbono aumenta com a diminuição da temperatura (acima de 21ºC).

Educação

Nessa área, há grande potencialidade de captação de recursos via ação direta no fortalecimento do ensino nas primeiras séries da Educação Básica. Como o universo de professores graduados atuando nesse nível é grande comparado com o fluxo de egressos nos cursos de pedagogia do estado, há que se propor um amplo programa de longo prazo de formação continuada, envolvendo as facilidades da UFMT em EAD. Visando a minimização de lacunas de formação e problemas como a matematicofobia, tal programa deve contar com uma participação mais efetiva de profissionais da área de Língua Materna e Matemática.

Ciências da Saúde

Embora essa área conte com linhas de pesquisa que têm clara importância para as próximas décadas como as doenças endêmicas no contexto das mudanças climáticas globais e a UFMT tenha experiência consolidada nessas linhas, a área enfrenta problemas que precisam ser superados para que o seu desenvolvimento não seja travado. Destacamos dois: 1. A área conta com um forte déficit de infraestrutura.

As instalações do atual Julio Muller estão precárias e a expansão do novo campus para a área de saúde e os cursos novos nos campi do interior demandam forte investimento em equipamento. Temos a consciência que essa é a área que exigirá maior aporte de recursos financeiros da UFMT nos próximos dez anos. 2. Nos últimos anos, a área experimentou uma profunda reformulação de natureza filosófica. Visando a formação de profissionais mais voltados ao atendimento popular e domiciliar e à medicina preventiva, o governo federal impôs a reestruturação dos projetos pedagógicos dos cursos de medicina da UFMT, implantando o PBL (Project-Based Learning) como método de ensino, sem a devida discussão.

O PBL possui muitas vantagens sobre o ensino tradicional, contudo existe uma preocupação internacional de que ele pode levar a uma formação profissional consideravelmente mais frágil em conhecimentos básicos na área. Além disso, na nova filosofia implantada, não é clara a inserção dos hospitais universitários. Nossa proposta, nesse ínterim, é rediscutir os projetos pedagógicos dos cursos envolvidos, planejando uma política que prevê a realização de pesquisa de ponta em hospitais e que respeite a experiência dos profissionais da UFMT nessa área.

Medicina Veterinária

Embora apareça como uma das áreas de maior produtividade científica da UFMT, é ainda jovem dentro da instituição. A linha de animais domésticos adquiriu uma densidade de destaque e, desta forma, o hospital veterinário deve ser apoiado em suas demandas. A linha de produção animal será apoiada, principalmente regularizando as fazendas experimentais e dotando-as de infraestrutura. A linha de animais silvestres é estratégica em função da existência do zoológico e número considerável de animais em extinção na região e deve ter apoio especial por parte da administração superior. 

Áreas de importância estratégica

Fármacos

Dada a diversidade vegetal do estado, esta é a área de maior potencial de captação de recursos da UFMT. Embora a universidade conte, desde longa data, com iniciativas e projetos nessa área, a pesquisa ainda é insipiente, demandando maior aporte de recursos humanos e financeiros. Deve-se dar especial atenção a essa área, com especial atenção às atividades desenvolvidas no campus de Barra do Garças/Pontal do Araguaia.

Genética

Trata-se de uma área estratégica para diversas outras, como agronomia, zootecnia, zoologia, biologia, medicina e engenharia florestal. A dramática redução de preços de sequenciadores e outros equipamentos torna sua implementação na UFMT viável. Há que se criar uma unidade direcionada a essa área.

Geociências

A geologia do Estado de Mato Grosso é uma das mais diversificadas e ricas do país. Embora ainda pouco explorado, o setor de minérios tem o mesmo potencial que o de agricultura no estado. Mato Grosso conta com reservas de calcário, ouro, petróleo, xisto e fósforo. Esse último é relativamente raro, sendo que existe previsão de escassez e elevação de preços até o final deste século. A sua importância comercial se refere à produção de fertilizantes, que são de fundamental importância para a região. Pesquisas em exploração desse mineral podem levar ao desenvolvimento da produção local de fertilizantes. Já o ouro e outros recursos apontados acima requerem investimento em pesquisa em técnicas de exploração. A potencialidade de atração de recursos financeiros para a área é enorme, especialmente após a aprovação do novo Marco Regulatório Mineral.

Turismo

Outra área de grande potencialidade para a região é o turismo. Os próprios campi da UFMT têm esse potencial no que diz respeito ao zoológico e seus museus. O apoio a essas instâncias deve ser ampliado, com reformulação dos museus existentes e implantação de outros, como museus de ciências como forma de ampliação de programas de extensão e interlocução com a sociedade.


Outras Áreas

Há outras áreas e linhas de pesquisa estratégicas e em estágio de consolidação na UFMT. Cada uma delas deve ser encaminhada de acordo com os PDIs das respectivas unidades. Dentre as áreas estratégicas, destaca-se a Matemática, que deverá receber especial atenção, sobretudo no que diz respeito ao ensino de Cálculo, que é fundamental para a melhoria da qualidade de diversos cursos. Na área da Engenharia, há grande potencialidade nas linhas de impressão 3D, transporte ferroviário, máquinas agrícolas, engenharia de alimentos, mineração de fósforo e produção de fertilizantes. Outras linhas estratégicas estão ligadas à antropologia, economia, estudo do uso da terra e movimentos sociais, envolvendo diversas unidades como Direito, Economia, Serviço Social e Linguagens.

Todas essas áreas devem ser contempladas no Plano de Desenvolvimento Institucional.
Entropia

Entropia é um termo utilizado na ciência para designar o grau de desordem de um sistema. Sistemas com alta entropia tendem a desperdiçar a maior parte da energia de que dispõem. O termo, utilizado na administração, significa promover poucas ações efetivas com alto dispêndio de tempo e esforço. Uma universidade não pode ser autônoma numa configuração de alta entropia, pois isso corresponde à situação em que os seus profissionais deixam de pensar em políticas institucionais para se dedicarem a tarefas burocráticas.

Entropia orgânica:

  1. Reestruturação dos sistemas acadêmicos e outros sistemas eletrônicos, por meio da troca dos sistemas acadêmicos por outros mais leves e eficientes.
  2. Estabelecimento de banco de dados unificado, acessado por todos os sistemas, para minimização ou eliminação de burocracia na montagem de processos, como o de progressão funcional, mas principalmente para a melhoria da qualidade de informação disponível aos gestores.
  3. Estabelecimento de câmaras temáticas e rotinas de agilização do exame de processos, para dotar os órgãos colegiados superiores de maior tempo para se dedicar ao estabelecimento de políticas institucionais.
  4. Descentralização do protocolo.
  5. Readequação do status do STI no organograma institucional, tornando-o autenticamente um órgão de apoio às coordenações.
  6. Ampliação do poder decisório das coordenações de curso.
  7. Criação do escritório (helpdesk) de apoio à confecção de TRs e importação.
  8. Reengenharia (turnaround) dos setores de compra, visando a diminuição do tempo de trâmite dos processos e melhoria das condições de trabalho de seus técnicos.
  9. Programa de acesso de pesquisadores aos laboratórios em feriados e fins de semana.
  10. Incentivo à capacitação de técnicos.
  11. Criação de um escritório de apoio a revistas científicas eletrônicas.
  12. Implementação de turnos de 30 horas em situações que a lei permita.
  13. Maior transparência na destinação de recursos.
Entropia técnica:
  1. Estabelecimento de programa de manutenção preventiva, com ronda de supervisores.
  2. Criação de programa de manutenção dinâmica, contínua, em carteiras, por exemplo, e equipamentos, em conformidade com processo de recuperação da capacidade técnica da UFMT.
Orçamento

Redução de custos: 

Em alguns setores da UFMT, há potencial para redução significativa de custos.

  1. Acoplamento entre os estágios dos cursos de graduação e serviços executados nos campi. Tal medida, além de fortalecer os estágios, é de reconhecida importância para a redução dos custos de serviços de um modo geral.
  2. Reengenharia administrativa no setor de compras tanto para a redução de custos como melhoria da qualidade de produtos adquiridos.
  3. Redução de custos com energia elétrica com a continuidade do processo de substituição de lâmpadas (de LEDs), acendimento e apagamento automáticos, melhoria do conforto térmico (com arborização e reformas estruturais) e geração própria de energia.
  4. Implementação de programa de limpeza e lavagem rotineira de aparelhos de ar condicionado.

Ampliação do número de alunos

A matriz orçamentária das universidades federais é definida em função do número absoluto de alunos, número de egressos e nota de cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu. Além da melhoria deste último item, faz-se necessário ampliar o número de alunos e, principalmente, o número de egressos combatendo-se efetivamente a evasão, conforme já descrito.

Diversificação de captação de recursos

Devido à reconfiguração das políticas científicas e educacionais do país para as próximas décadas, as IES serão obrigadas a buscar recursos adicionais em outras fontes, como o setor produtivo, organizações da sociedade civil, fundações e pessoas físicas em âmbito nacional e internacional. A constituição de fundos de desenvolvimento é uma ação que deve ser implementada.

Infraestrutura

Situações críticas
Em todos os campi, prédios novos e antigos necessitam de reforma. Problemas de longo prazo, como vazamento de água no interior dos blocos têm que ser resolvidos, com a reforma das coberturas. Prédios recebidos sem a devida adequação, como o do STI, têm que ser complementados. Um programa de conservação dos banheiros deve ser implementado.

Situações supercríticas

Algumas unidades da UFMT se encontram em grave situação no que diz respeito à infraestrutura. O zoológico e o Hospital Julio Muller estão nessa categoria. Nesse último, é necessário reestruturar o sistema de eliminação de resíduos, esgoto, processos de esterilização, sistema de combate a incêndio, troca de aparelhos de ar condicionado e término do bloco originalmente destinado a nefrologia. Embora uma empresa gestora tenha sido designada ao hospital, não há uma perspectiva para tais problemas. Quanto ao zoológico, é necessário reestruturar o sistema de captação e tratamento de água, revitalizando os lagos, bem como reformar os abrigos de animais de acordo com projeto arquitetônico que estabeleça a unidade como atrativo turístico. Ainda, é fundamental ampliar o número de profissionais atuando no zoológico, terminar a catalogação dos animais, em atendimento às exigências da SEMA, de forma a tornar a unidade um centro de execução de estágios de diversos cursos de graduação e centro de pesquisa e conservação da biodiversidade animal.

Aprimoramentos (em todos os campi)

Reforma em pontos de ônibus, dotando-os de maior conforto; ampliação do número de passagens elevadas de pedestres; readequação e implementação de circuito de caminhada; reforma e adequação de estações de tratamento de água, dotando-as de caráter de unidade de ensino; implementação de creche e unidade de atendimento médico; forte ampliação de arborização e mudança de técnicas de jardinagem, reinjetando no solo folhas e outros materiais orgânicos; tratamento de rejeitos químicos, físicos e orgânicos; coleta seletiva de lixo; estabelecimento de programa de longo prazo para zerar todas as emissões (incluindo dióxido de carbono). Instalação de geradores a combustão em locais de uso contínuo de energia elétrica. Regularização e ampliação de infraestrutura das fazendas experimentais.
Integração interna

Pretendemos orquestrar uma ação conjunta e cooperativa afim de realizar as transformações necessárias e construir novas proposições importantes para que os objetivos da proposta de uma Universidade Proativa sejam alcançados, integrando instâncias afins visando a otimização de recursos humanos e financeiros, bem como aprimoramento das ações, como estágios e manutenção, Orquestra Sinfônica e Departamento de Artes, UAB e NEAD, Instituto de Computação e STI, etc.